Ela colocou a sua roupa daquele primeiro dia onde tudo
começou. Era uma roupa preta que ele adorava. Seus cabelos estavam com um
penteado que ele não gostava muito. Nas suas mãos havia rosas brancas e um anel
como pingente.
Eram quase meia
noite e a neblina enchia a cidade. Não chovia, mas fazia um pouco de frio, mas
mesmo assim ela não se importou.
O cemitério ficava a
poucos metros dali, então ela foi andando.
O cemitério assustava um pouco, mas mesmo assim ela não
sentia medo porque sabia que ele estava ali.
Então finalmente
encontrou a cova dele. Simplesmente se deitou, colocou a rosa sobre o peito e
dormiu...
No final de tudo,
seu pedido tinha sido para ela o sentir sempre. Mas já que o sono era profundo
e o pensamento estava longe, ela não o sentiu aparecer.
Ele era alto, pele
morena, só que pálida. Cabelos negros e curtos, e olhos profundamente escuros
para a sua beleza espetacular.
Usava roupas brancas
e asas cinzas, únicas para si, só não se sabia o porquê dessas asas. Na mão uma
escritura impossível de ver de tão longe, e no pescoço, um cordão com um pingente
inacessível.
Ele vai até a
direção da menina deitada ao pé da cova, senta-se e leva a sua mão até a lápide
e começa a escrever rapidamente. Depois passa a mão sobre os cabelos cacheados
da menina e se vai pela neblina a dentro.
Ao olhar para a
lápide, está escrito:
“Volte ao começo e
mude o final de tudo...”
As horas se passam
desde aquele momento e amanhece.
A menina se levanta ao nascer do sol quando bate em seu
olhar. Ela olha para um lado e para o outro e se pergunta o que faz ali. As
rosas não estão mais com ela e o anel, simplesmente sumiu.
Até que ao olhar
para a lápide ela vê, o que está escrito e se assusta.
Rapidamente ela se levanta com o susto e vai embora correndo
sem nada o que entender.
Nesse instante
alguém a observa de longe, mas não se vê quem.
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