E ela acorda com a
sensação de feriado e lembra que nesses dias era dia de vê-lo e passar a tarde
toda ao seu lado. Ela sorriu ao lembrar das cenas. Sorrisos no meio das implicâncias
e das brincadeiras bobas que só eles entendiam. Sentiu saudade.
- Bom
dia, bebê.
- Oi?
Quem fala?
- Bom
dia meu bebê.
- Oi?
Ela desejou que
fosse ele, mas a voz não parecia ser a mesma. Mas vai saber, ela não escutava a
voz dele a muito tempo, então era irreconhecível. A fez bem? Digamos que a fez
lacrimejar.
Ela resolveu se
levantar. Cansou de ficar na cama, deitada, olhando para o teto. Sorriu. Tinha
mais um dia tedioso pela frente. Era véspera de feriado e mesmo assim não teria
aula.
Saiu do quarto e
percebeu que estava frio demais para seu corpo tão frágil. Ela voltou para a
cama com rapidez, se cobriu e abraçou seu ursinho. Ela o desejou mais uma vez
após tanto tempo sem nem pensar nele. Sua expressão se tornou solitária. Ela
quis dormir mais uma vez para acordar e começar seu dia bem.
Ela conseguiu? Não
se sabe. Ela só ficou deitada olhando para a direção da parede e lembrando de
como ele era quente nessas manhãs frias demais para ela.