E ela não entendeu
nada quando acordou. Estava ofegante, com os cabelos bagunçados e sem sentido nenhum
na cabeça, no coração e no corpo. Ela respirou fundo, levantou da cama e foi
até o banheiro. “Espelho, espelho meu”, ela disse. E refletiu sobre o seu
reflexo bagunçado naquele espelho quase rachado.
Ela se arrumou rumo
a uma manhã de sorrisos e uma tarde de mais sorrisos ainda. Mas ele não estava
lá. Quem? O mesmo ser de seus sorrisos cintilantes. Ela olhou para um lado e
para o outro. Nada. Seguiu rumo ao seu destino. Bom dia! Mais um dia.
Ele analisou tudo.
Nada fazia sentido. Seu coração palpitava por algo e alguém que ela nem sabia
se existia. Mas seguiu seu dia. Resolveu ignorar a pessoa real de sua vida. Por
que? Ele atrapalhava. Isso que disse o sonho mostrando a realidade.
Mandou mensagens.
Sem respostas. Voltou a mandar. Desistiu. Ela decidiu não vê-lo. Por que?
Motivos do sonho que lhe mostravam a vida real. Sem nada entender. Seguiu seu
dia. Ignorou-o. Era preciso. Não queria chorar, mas chorou. Por ele? Pelo que
não existia na sua vida real. Mas ela sabia que ele existia em seu coração.
Ela sorriu. Era
loucura toda essa força. Mas precisava fazer algo. Era como se esse real
atrapalhasse toda a sua vida e não deixasse esse do sonho entrar. Mas ela não
podia largar ele desse modo, podia? Não. Era injusto. O magoaria. Mas seu
orgulho, ferido como sempre, não ligava.
Ela tinha um princípio...
Fazê-lo amadurecer. Precisava disso? Precisava de muito mais. Mas era amiga
desse da realidade. Ela o queria bem e o queria perto dela. Mas não queria um
menino, mas sim um homem.
Só que era preciso
algumas coisas mudarem. Ela teria que decidir. Tirá-lo da vida dela e esperar
esse do sonho que mal sabia se existia ou não. Ou simplesmente deixá-lo aí e
esperar com que esse ser de um sonho nada normal aparecesse. Ela só queria esse
alguém para amar. Mas uma coisa ela sabia... Amava alguém em todo esse meio.