E hoje, de acordo
com todas as notícias mandadas, ela a menina com o seu jeito diferente não
passou por bons momentos na sua tarde. Foram muitos pensamentos que fizeram-na
refletir sobre tudo e querer mudar mais e mais.
Ela já estava com
dezessete anos e não parecia. Era uma menina linda e não parecia. Mal parecia
uma menina. Era difícil para ela? Passou a se tornar. Pelo simples fato de
estar crescendo e os pensamentos e jeitos de menina mulher deviam acontecer.
Antes isso tudo era
mais que normal. Todo esse jeito, sabem? Esse jeito de menina moleque. De
menina que não liga para o que os outros vão dizer dela. Esse jeito diferente
das meninas normais. Ela gostava, sempre gostou. Ela nunca gostou de chamar
atenção.
Nunca quis batons
vermelhos nem roupa colada. Nunca quis usar salto nem quis seus cabelos soltos
a todo o momento. O seu melhor era esse. Andar de chinelo e bermuda. Blusa
solta e cabelos presos. Essa sim era ela. Nada de unha pintada pra cá,
maquiagem pra lá e andar com outras menininhas ali.
Mas tudo mudou. Ela
tinha que crescer, não é? E cresceu. Mas pra que? Ela não poderia continuar
sendo aquele moleque para sempre? Não podia. Já estava na hora de ela mostrar a
grande menina mulher que existe dentro dela. Ela tinha que tentar pelo menos. Ela precisa largas suas sapatilhas e calçar o seu maior salto.
Ela conseguiu? Está
tentando. Mas essa mudança precisa ser devagar. Se for brusca do jeito que ela
deseja, vai dar merda. Todos estão acostumados com a Lua que mal brilha a
noite. Ela precisa querer mais também. Só que a sociedade é malvada e está
complicado para essa menina moleque mostrar a sua grande menina mulher.
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