E ela,
com a sua máscara de belos sorrisos falsos, virou as costas para todos aqueles
que decidiram amá-la. Sorriu. Tirou a máscara e jogou-a tão longe quanto pode.
Lágrimas
rolaram sem a vontade dela, e sua expressão maléfica sumiu dando lugar a uma
tristeza plena em seu rosto pálido e gélido.
Ela era
linda daquele jeito. Linda e belíssima de pele pálida, olhos profundos, cabelos
negros e gestos mortais.
Se foi.
Não por que quis. Mas porque não existia mais nada além da sua solidão e da sua
dor. Ela morrera, só que por dentro. Não que sua vida não tinha mais nenhum
sentido. Ela só não arranjara motivos para continuar a caminhar na mesma
estrada de solidão.
Sorriu?
Sim. Não por estar feliz, mas pro saber que a pior parte havia acabado.
Continuava linda, mesmo com esse sorriso que transmitia dor e sofrimento. Mas a
verdadeira felicidade ninguém chegou a descobrir.
Ela era
fria? Às vezes. Só quando precisava. Por isso, esse tal amor e essa tal
felicidade, todos, inclusive sua única paixão, nunca tentaram cavar o máximo
para descobrir como ela era linda e amorosa por dentro.
Então
ela seguiu. Pelo mesmo caminho, pela mesma vida, pela mesma virtude e pelo
mesmo talento... Seu orgulho, que a fazia ser assim, desse jeito único e belo
que ela tanto se mostra.
(The E.N.D - Maria de Lourdes)
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