O dia mal havia
começado e eles já planejavam ficar ali deitados até a fome bater, já que nada
mais importava ali além deles. Era o dia após a noite especial que tanto
esperavam e além de estarem cansados a preguiça não os queria deixar. A vida de
casados começava ali e o primeiro passo era não planejar nada só deixar o dia
os levar.
Mas tinha algo que
eles queriam muito depois dessa noite tão especial a cansativa. Um anjo...
Pensaram juntos. Talvez mais, porque o amor deles não tinha limite. Sorriram
juntos e se abraçaram, ainda debaixo daqueles finos lençóis de ceda.
Continuaram olhando
para o teto branco e viram que o sol começava a esquentar então resolveram
levantar.
- Vamos tomar banho?
Sugeriu a moça,
senhorita e agora senhora, casada, para seu marido que por ter acabado de
acordar ainda estava tonto de sono. Ele sorriu e sacudiu a cabeça com um gesto
afirmativo.
Eles se levantaram
vagarosamente no silêncio profundo que se fazia naquela casa aonde qualquer
alfinete que caísse fizesse um barulho enorme. Não tinham mais vergonha um do
outro mas também não eram acostumados a uma vida juntos todo o tempo. Eles
sorriram e não pararam de sorrir.
A água batia na pele
deles e um arrepio corria em seus corpos, se abraçaram em meio a água gelada
daquela manhã. Foram sorrisos e brincadeiras e risadas altas de coisas que
ainda não acreditavam.
Depois e um banho
longo eles se secaram um ao outro. Ela vestiu uma longa blusa dele e ele
colocou apenas uma bermuda fina de seda, e desceram para tomar café. Já
eram dez horas da manhã e o dia deles mal havia começado. Bagunçaram, comeram e
simplesmente voltaram pra cama.
Eles pararam então, para perceber, que a felicidade reinava entre eles. Tudo era perfeito e sabiam
que nem sempre seria assim. Mas o que importa? Eles brigariam, ririam, se
amariam, brigariam novamente e se amariam mais ainda a cada dia que se passasse
em suas vidas. Eles eram assim.
E no meio
daquele sol forte, entre lençóis, bagunças, beijos e abraços eles ficaram ali
deitados, vendo filmes na TV e decidindo o que fariam pelo resto do dia. Quem os observasse
ao lado de fora ou apenas olhassem a casa, sentiriam que o que havia de mais
forte ali, era o amor.
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