E
como se tudo fosse por água a baixo mais uma vez,
ela
soltou as dores guardadas de vários momentos.
Não
tinha como parar. Era impossível. Era inevitável.
Era
a alma dela que saía e voltava a cada soluço que dava.
O
cansaço começou a aparecer e tudo a sua volta eram
minuciosas
lágrimas de dor.
Não
encheu o mar com suas lágrimas amargas,
mas
encharcou o travesseiro e colocou a cabeça em cima
para
apreciar tudo aquilo que já tinha saído.
Ela
parou por um momento e sorriu...
Tentou
sorrir e então tudo veio mais uma vez pra ela.
Como
se tudo tivesse entrado de novo.
Ela
absorveu mais uma vez as dores e doeu...
Doeu
duas vezes mais do que antes.
E
assim, suas lágrimas foram mais fortes.
Mais
dolorosas. Mais amargas.
Nada
e nem ninguém entendia.
Tudo
aquilo era só ela que podia sentir.
Tudo
a fez mal naquele momento.
Mas
não restava nada.
Tudo
que ocorrera já não tinha mais volta.
E
por isso prender toda aquela dor já não era tão mais importante.
E
o que importava pra ela naquele momento era aliviar todo aquele ódio.
Era
dissipar toda aquela dor.
E
à cada vez que a dor saía, era mais uma poeira de cansaço em seus
olhos.
E
assim, ela desejou morrer de uma vez.
Pois
nem descansar iria fazer ela melhorar.
A
morte seria a melhor maneira de sorrir novamente.
E
assim ela foi....
Foi
pra onde ela sempre desejou.
Um
mundo onde suas lágrimas viravam felicidade.